Como divulgado na última entrevista, chegamos com nossa segunda entrevista, depois de duas semanas de atraso, com Oscar. Um Mestre e jogador de Acaraú. Sem mais enrrolação ai está ela:
A Entrevista com Oscar Velsharoon
01 – Fale um pouco de você, de seu grupo de RPG e de como começou a jogar.
Oscar Velsharoon: Sou calado e observador. Pode não parecer, mas fico analisado o comportamento das pessoas e só depois tento conversar. Tiro brincadeiras com meus amigos e vice-versa. As vezes há um pouco de irritação, mas isso é normal. Um dos meus defeitos, que aliás não são pocos, é que as vezes, nas reuniões, eu fico no “Mundo da Lua”. Pode até parecer falta de respeito para com os outros, mas não é! E é isso…
Sobre meu grupo atual, em que mestro, o que tenho para falar é que tive sorte em encontrar acima de tudo boas pessoas. Esse grupo é formado pelo narrador (Claro que sou eu!) e os jogadores: Afonso, Manassés e Wenderson. Nós estamos na estrada há 8 meses. Começamos no inicio de abril e passaram por esse mesmo grupo: Jonas, Rafael e Marcos. Também teve participações especiais de Lidiomar e é claro nosso entrevistador.
Comecei a jogar em Março de 2006, nem sabia o que era RPG, quando quase todos os dias eu ia para a Biblioteca ler Mangás do Cavaleiros do Zodiácos. Depois de um bom tempo conversando com o Guardião da Biblioteca, Lidiomar, sobre RPG, surgiu o convite e foi mais três ou quatro semanas, para realmente eu começar. Não nego que fiquei com idéias obscuras na cabeça, do tipo: “jogo de adoradores de …” Acho que vocês entenderam, não é mesmo?! E outras parecidas, mas graças a Deus, não passou de puro preconceito meu. O primeiro grupo que participei era formado por nosso mestre Emilson e os jogadores Alexandre, Francis e Lidiomar. Na época estavamos jogando D&D, no cenário de tormenta. Eu era um Elfo, clérigo de Valkária.
02 – Qual a sua visão sobre Rpg?
OV: O Rpg é muito importante, por que estimula a raciocinio das pessoas, além da interação, diversão e outros infinitos adjetivos que no momento não sei dizer.
03 – Cite três sistemas, em ordem de preferência, que gosta de jogar.
OV:
- D&D;
- WoD; e
- Daemon
04 – Diga qual sua impressão sobre cada um dos sistemas citados por você na pergunta anterior.
OV:
- WoD prioriza história, interpretaçã, ambientação, o horror mental e sobrenatural. As regras são simples, claras e objetivas. Eu acho o sistema completo.
- D&D com suas batalhas e feitos heróicos levam o jogador ao êxtase. Eu gosto do sistema de progressão de personagens e acho que D&D as vezes fica um pouco travado por causa das regras e também das tabelas.
- Daemon é diferente do horror de WoD. Soma o horror com a grandiosidade de feitos heróicos. Tem um bom sistema de regras. É um ótimos sistema para passar as tardes ou noites reunidos.
05 – Como você se define como jogador de RPG? Você se foca na personalidade do personagem, em táticas de jogo, em construir as melhores habilidades e perícias…
OV: Me defino como um jogador que gosta primeiro de interpretar o personagem, ou seja, dá uma personalidade a ele. Depois olho para as habilidades e tento deixar bastante condizente com o background.
06 – Você acha que a “onda d20″ mudou o mercado brasileiro? Qual a perspectiva que você está vendo para ele, daqui em diante?
OV: Quando comecei a jogar, sempre ouvi dos meus amigos que já jogavam há um bom tempo que D20 dificultou bastante os outros sistemas, por causa da lincensa aberta, que a maioria das editoras brasileiras priorizaram D20. Conhecendo um pouco mais da evolução do RPG no Brasil, acabei concordando, já que WoD, Gurps e os demais ficaram prejudicados, por que quase tudo que saia ou ainda sai é para D20
Em relação ao futuro, acho que vai cair de produção. Tenho ouvido críticas a licensa “fechada” da Edição 4.0 e também parece que não é lá isso tudo.
07 – Você acredita que WoD tem capacidade de ameaçar a hegemonia de D&D?
OV: Sem dúvidas que sim. WoD é mais completo em termo de interpretação, ambientação, historia, regras e por ai vai. Enquanto D&D, sobretudo agora com a nova edição, pelo que vejo e ouço, virou basicamente um sistema de combate, estratégia e jogadas de dados, ou seja, tá ainda mais mecânico que a edição anterior.
08 – Como você vê hoje o RPG em Acaraú?
OV: Vejo que tem muito que crescer. Poucas são as pessoas que conhecem e menos ainda são as que jogaram. E uma parcela ainda menor são os que ainda estão jogando. Da menoria que ouviu falar ainda existe uma boa parcela deles que tem uma opnião preconceituoso e outros não tem cabeça para jogar.
09 – Você tem planos de trabalhar no desenvolvimento de materiais de rpg? Criação de cenários, sistema próprio ou algum outro projeto?
OV: No desenvolvimento de material talvez. Já pensei em criar cenários, principalmente quando jogava D&D. Sistema próprio não tenho pretensão para tanto. E mais nenhum outro projeto em mente no momento.
10 – Que conselho daria para os novos jogadores de rpg que ainda não se firmaram no hobby ou que ainda não acharam seu sistema favorito?
OV: Para os que não se firmaram não tenho nenhum conselho pra dá. Já na questão do sistema favorito, acho que o jogador deve ver qual sistema ele acha que se adequa a sua personalidade, suprindo tudo o que ele deseja.
Para encerrar boa sorte em seus projetos e gostaria de pedir para que você deixa-se uma mensagem aos jogadores, mestres e/ou simples leitores do nosso blog.
OV: Não sou bom com mensagens. Mais fico primeiramente agradecido pela entrevistar. Acho bacana a tua iniciativa em alavancar o RPG. Também acho que ninguém na cidade tenta deixar o nosso hobby sempre forte assim como o dono do nosso blog RpgSemCompromisso. E aos outros não sei se ficou legal as repostas, mas mesmo assim espero que gostem.
VALEU!!!